Kaká está de volta à Seleção Brasileira. Ainda bem. Já era hora de Mano Menezes procurar mais substitutos para o sempre lesionado Ganso. E nem me falem de Ronaldinho, que dificilmente chegará em 2014 em condições de decidir qualquer coisa para o time brasileiro.
Só que o retorno de Kaká precisa ser acompanhado de uma mudança de filosofia. Venho insistindo que o Brasil não tem condições de ser uma cópia do Barcelona, como Mano parece querer. Se fosse assim, estaríamos irremediavelmente dependentes da recuperação física de Ganso. Com Kaká, a mudança de padrão de jogo é necessária.
Kaká não é jogador para fazer a bola rodar, jogar com paciência, tocar a bola de lado até que apareçam espaços na defesa adversária. Ele só será realmente bem aproveitado se a equipe atuar em velocidade, aproveitando suas arrancadas e a capacidade que têm para conduzir a bola.
Há quem me pergunte se isso significa atuar nos contra-ataques. Não. Não vou me iludir e achar que qualquer adversário brasileiro fará a besteira de atacar um time cheio de talentos sedentos por espaço para jogar. Só que mesmo que o Brasil tenha que tomar a iniciativa dos jogos, algo obrigatório pela postura defensiva de seus adversários, não significa que não possa fazer isso jogando em alta velocidade.
Ninguém melhor do que Kaká para fazer isso. Reconheço que a ex-estrela rossonera tem seus melhores momentos nos contra-golpes, mas ele também pode ser decisivo em um time que precisa vencer defesas fechadas. Ao menos, será um jogador estabelecido como alternativa a um jovem que ninguém sabe até onde pode ir, enquanto tenta livrar-se de constantes lesões que podem impedi-lo de atingir todo o seu enorme potencial.
Fonte: Goal
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